The Go Horse Way

Apesar de o Go Horse ser a metodologia de gestão de projetos e empresas mais fantástica, estupenda e eficiente que existe, não faltam os seus detratores. Quem nunca teve de interagir com algum colega de trabalho que, inconformado com o jeito Go Horse de ser da empresa, tenta (inutilmente) mudar as coisas?

É pura perda de tempo tentar fazer algo assim em uma empresa Go Horse porque o GHP já está inserido na máquina educacional-corporativa.

O número de instituições que oferecem formação superior vem crescendo exponencialmente no Brasil nos últimos anos, em função de uma demanda do mercado. As empresas Go Horse, carentes de bons profissionais horses, iniciaram um movimento de pressão sobre as instituições de ensino, fazendo com que as mesmas diminuíssem o foco na pesquisa e priorizassem a formação técnica para que o aluno esteja prontamente apto a assumir seu papel de horse no mercado de trabalho.

Tal abordagem é totalmente correta. Deixemos a pesquisa para os malas que querem mudar o mundo (Steve Jobs e companhia, por exemplo) e nos concentremos no que interessa: enriquecer nossos acionistas.

As empresas Go Horse, ao contrário do que muitos pensam, não buscam contratar os mais talentosos profissionais para oferecer o melhor em termos de serviço e inovação. Deve-se oferecer um padrão SUFICIENTE de qualidade. Aliás, qualidade é para os fracos. E esse padrão suficiente se atinge através da contratação de meia dúzia de profissionais de destaque e de uma massa de medíocres.

No entanto, nem sempre esse intento se mostra eficiente. Muitas empresas acabam, sem saber, contratando mais profissionais eficientes do que o planejamento original, afinal de contas, capacidade de improviso, iniciativa e criatividade não faltam a grande parte dos brasileiros. O resultado disso é a inconveniência de haver horses demais reclamando por salários compatíveis com a sua capacidade.

Como lidar com isso?

Simples: é nesse momento que o gerente Go Horse mata dois coelhos com uma cajadada só, criando o seu Círculo de Confiança. Em resumo, o gerente deve selecionar alguns puxassacos para comporem uma camada hierárquica entre ele e o resto da equipe. Através dessa ação, o gerente obtém dois importantes benefícios:

  • Delega o seu trabalho e responsabilidades a alguns subordinados, ganhando tempo para fazer política, o que o beneficiará pessoalmente;
  • Deixa o trabalho dos melhores horses em um estado de obscuridade, escondido atrás do biombo que é a camada hierárquica recém criada. Trabalho e habilidades não vistos não precisam ser recompensados.

Longa vida ao Go Horse, metodologia que vem fazendo o mundo girar desde os seus primórdios! Manda quem pode, obedece quem precisa.