Post de um BLOG de qualidade

Foi encontrado há pouco tempo um post de um blog já desativado que tratava da qualidade de software segundo GOHORSE.

O mais interessante é que existe um material rico e verdadeiro dentro de uma espécie de “desabafo” deste pobre entusiasta da qualidade de software.

 

Vejamos a seguir o post do mesmo:
OBS: note que no final, o horse está já em uma situação já DOCUMENTADA no Axioma n8 do Extreme GOHORSE; interessante que, mesmo com toda uma extensa e bem explicada documentação, horses insistem em não concordar com ese método de desenvolvimento ágil única e exclusivamente aplicada em TODAS as empresas do Mundo, mesmo que em algumas equipes ou desenvolvedores individuais.  Estas taxas de adesão de pessoal beira realisticamente quase 100% das organizações de informática em geral.

 

 

 

Eu sou um entusiasta do assunto Qualidade e teste de software, e sei que um dos pilares para se alcançar um “software de qualidade” é a utilização de um modelo de processo de desenvolvimento, que contemple etapas de testes bem definidas e padronizadas, por exemplo o RUP, XP, Scrum etc.

O XGH – Extreme Go Horse é um modelo de processo para gerenciamento de projetos de desenvolvimento de software que propõe princípios, valores e práticas mais “realistas” para as empresas de desenvolvimentos de software como:

Seja autêntico, não é necessário respeitar  padrões:
“Escreva o código como você bem entender, se resolver o problema, commit e era isso.”

Teste é para os fracos:
“Se você meteu a mão num sistema que utilize XGH, é melhor saber o que está fazendo. E se você sabe o que está fazendo, vai testar pra que? Testes são desperdício de tempo, se o código compilar, é o suficiente.”

Outras práticas e princípios do XGH podem ser encontrados nesse blog

Muitas pessoas já conhecem o XGH, mas aquelas que não conhecem já perceberam, obviamente, que o XGH, se trata na verdade, de uma ironia a forma como os softwares são desenvolvidos em muitas empresas de TI do mercado.  O XGH foi divulgado em um blog, que expunha os princípios, valores e práticas do processo. Periodicamente o conteúdo “cômico” era atualizado, mas o blog feliz ou infelizmente foi descontinuado e a documentação, seja ela qual for, foi perdida.

Seguindo a brincadeira, eu vou formular algumas práticas e princípios para a etapa de testes de software do XGH, ainda que o mesmo no seu axioma 20 afirme que “Teste é para os fracos”.  Mas sendo o XGH um modelo de processo flexível, pode ser que por algum motivo “subversivo” seja necessário incrementar uma etapa de testes no processo:

Princípios e práticas da etapa de testes do XGH:

 

  1. Testar está na moda, rotule seu sistema com “testado e aprovado”
    Garantir qualidade do software é muito importante para o marketing, então não deixe de garantir a qualidade para os seus potenciais clientes, ainda que não teste diga que teste, essa ideia vende.
  2. É função do motoboy testar software.
    Testar software é trivial, não é necessário conhecimento técnico. Para economizar recursos coloque o motoboy da empresa para testar. Outras opção para tester  é algum parente do dono da empresa.
  3. Não precisa de documentação. Testar software e só correr as telas do sistema.
    Isso é desenvolvimento ágil. Não é necessário produzir documentos para auxiliar em uma atividade que não agrega valor ao produto. É só colocar o sistema para rodar e vê se está funcionando.
  4. Depois que tudo tiver pronto, O software é testado.
    Testamos tudo depois que o sistema estiver pronto, dessa forma não interrompemos as outras etapas do processo que são mais importantes.
  5. É suficiente reporta só uma falha por cenário.
    Não devemos perder tempo com um cenário que já está “bugado“. O desenvolvedor vai corrigir o bug e da próxima vez que o sistema for testado, se houver mais bugs, eles serão encontrados.
  6. O importante é entregar o software. As correções dos defeitos ficam para versão 2.0
    Os testes são realizados durante o tempo que sobrar do fim do desenvolvimento até a data de entrega do produto. O sistema não pode deixar de ser entregue. O que foi corrigido foi corrigido, o que não foi fica para próxima versão.

 

Até então conseguir pensar nesses seis princípios, se alguém tiver alguma outra ideia, compartilhe comigo.

A ironia implícita nesse post é uma reflexão crítica sobre o mercado de software, no que tange ao desleixo para com a qualidade de software.

Você e desenvolvedor? Como a sua empresa trata da qualidade de seus produtos? O processo de desenvolvimento utilizado lá segue o modelo XGH? Existem testes, e se existem são ad-hoc? São questões a se pensar.

A concorrência no mercado de software, cada dia mais se acirra, e qualidade de software se torna cada vez mais indispensável para que as empresas se mantenham no mercado. Pode está tudo indo bem agora, mas não tarda e os sistemas cronicamente bugados da sua empresa, deixarão de atrair os clientes que buscarão a qualidade que seus produtos não têm, e ai que a concorrência te tira do mercado. Você vai deixar isso acontecer?

Está na hora de abandonar o XGH não é mesmo?

(note o desespero do autor nas últimas 2 frases)… é o GOHORSE passando por cima de você meu amigo! 😉