Minha Carreira Go Horse
Muitos são os e-mails que recebemos através do endereço [email protected] que contestam a eficácia do Go Horse. Burocratas do PMI ao redor do mundo nos enviam mensagens denegrindo injustamente o GHP, uma metodologia fantástica, estupenda e milenar.
A esses burocratas não basta a seção Eu Uso Go Horse, em que expomos Go Horsers famosos e de sucesso. Portanto, estamos dando início à série “Minha Carreira Go Horse“. Esta seção é dedicada ao depoimento de GoHorsers como você, que apesar de não serem celebridades, atingiram o êxito através da aplicação dessa metodologia fenomenal.
O primeiro depoimento é do internauta F. P., ex-gerente de projetos Go Horse e atual diretor Go Horse.
Sempre apliquei o Go Horse para gerenciar a minha equipe. Após sucessivos êxitos, me foi incumbida a tarefa de gerenciar um projeto crítico e de alta visibilidade. Meus superiores estipularam um prazo para a entrega do mesmo, mas eu, como bom Go Horser, sempre soube que não passava de futurologia. Afinal, como prever o futuro e adivinhar quando o projeto estaria pronto?
Não me intimidei com o desafio. Sempre tive certeza de que tudo daria certo, pois eu uso Go Horse. Parte da execução do projeto foi terceirizada, e obviamente a empresa escolhida (vamos chamá-la de “empresa X”) gozava da total confiança do nosso corpo gerencial. Os sócios da empresa X e nossos diretores frequentavam juntos casas de burlesco, e se não me engano foram até colegas de faculdade.
Como bom GoHorser que sou, não desperdicei tempo planejando. Não posso me dar ao luxo de disponibilizar recursos para ficar elocubrando o escopo do projeto – simplesmente fomos definindo esse escopo ao longo da fase de execução.
Estouramos em vários meses o prazo estipulado inicialmente. Eu sempre soube que isso aconteceria, mas topei assumir o projeto porque sabia da visibilidade que o mesmo me traria. Quando chegasse a hora de entregar o produto, eu daria um jeito de dar uma desculpa a meus superiores pelo atraso.
E foi fácil. Bastou culpar a minha equipe, inflingindo-lhes a pecha de incompetentes e vagabundos. Para ser mais convincente, utilizei técnicas de intimidação, tais como murros na mesa, gritos e assédio moral. As mulheres da equipe eu chamava de putas quando não faziam o trabalho direito. Funcionou perfeitamente: todos fizeram horas extras e nem as cobraram. Até hoje me lembro da expressão de pavor daqueles horses, temendo pelos seus empreguinhos – e estão corretos em temer, pois sou um mão-de-ferro.
Um certo dia, entreguei o projeto e divulguei o fato à companhia. Em empresas Go Horse, são mais valorizados aqueles que resolvem problemas do que aqueles que os previnem – ainda que os problemas em questão tenham sido causados pela pessoa que posteriormente o solucionou. Eu sempre soube disso, então todos os problemas que enfrentamos ao longo do projeto me credenciaram a ascender ao cargo de diretor.
Portanto, gostaria de parabenizar os amigos do Go Horse e tripudiar os trouxas do PMI – eles são losers.