Go Horse e a Gestão de Pessoal
Se há algum setor crítico em uma empresa, ele é o de Recursos Humanos. Pessoas geram problemas, e cabe aos gestores de RH contorná-los, seja através de aumento de salário, promoção, ou qualquer outra técnica motivacional. Aprofundados estudos foram feitos nessa área, de modo que hoje haja uma extensa bibliografia à nossa disposição. No entanto, o que os estudiosos da Gestão de Pessoal não percebem é que ela custa dinheiro.
Confira abaixo como o Go Horse aborda aspectos críticos da Gestão de Pessoal.
– Funcionário valioso pede demissão: isso é um grande problema. Os burocratas do PMI se preocupam com “lições aprendidas” após um projeto”, o que é muito bonito na teoria, mas na prática causa uma enorme perda de tempo com a documentação das tais lições. Quem defende essa prática alega que a organização como um todo aprende, e portanto não fica dependente de um ou alguns poucos funcionários.
Como o Go Horse é contra essa burocracia toda, funcionários oportunistas tendem a tirar vantagem da situação: eles procuram emprego para barganhar aumento de salário. A técnica sugerida pelo Go Horse é simples: “cozinhar” o funcionário. Na condição de gestor Go Horse de RH, você deve dizer a esse funcionário coisas como: “é uma pena, justo agora que você estava prestes a ganhar um aumento!”. Você pode também criar uma gerência inútil e dá-la a esse funcionário. Obviamente assumir essa gerência não implica aumento imediato de salário. Diga ao insatisfeito que isso vai levar algum tempo, mas vai acontecer logo.
Essa técnica pode motivar o funcionário em questão por até 3 meses – tempo suficiente para você preparar o sucessor do demissionário. Após a motivação desse empregado se esgotar, ele pede demissão novamente, mas desta vez você aceita, pois o sucessor está pronto para assumir o seu posto – e pela metade do salário! De quebra, a empresa não paga os 40% do fundo de garantia.
– Funcionário incompetente: essa é uma questão complicada. O Go Horse prega fazer o trabalho imediatamente, sem perda de tempo. Para isso, o funcionário deve ser bom naquilo que faz, deve ter bons conhecimentos técnicos. No caso de um funcionário desprovido de capacidade técnica, a sua demissão sumária parece, à primeira vista, a melhor solução. Mas lembre-se de que não apenas a sua demissão, mas também o recrutamento do seu sucessor, geram custos e perda de tempo.
Qual a solução para este problema? Simples: dê ao funcionário incompetente um cargo de chefia! Se ele não sabe fazer, coloque-o em uma posição em que ele deva coordenar quem sabe! Em uma estrutura Go Horse, o chefe deve chicotear o subordinado e impor o terror. Certamente este funcionário dará conta do recado.
É claro que aqueles que não ganham a promoção reclamam de coisas desse tipo. Mas essas pessoas devem entender que se está dando um prêmio a alguém que não nasceu com a maldição da competência.
– Mobilidade horizontal: nos dias de hoje, funcionários metidos a espertos querem passar por diversas áreas da empresa. Bullshit! Isso gera custo! Se uma nova posição é aberta, ela jamais deve ser preenchida por alguém de dentro da organização, pois o custo de treinamento é dobrado: treina-se não apenas o funcionário que foi movido, mas também o seu sucessor, já que a mobilidade interna fecha uma vaga, mas abre outra. Empregado deve fazer o trabalho para o qual foi contradado.