Empowerment

Os almofadinhas da Administração têm como hobby criar palavras pomposas para práticas antigas, e uma dessas palavras é “Empowerment”. Muito se fala nisso hoje em dia, mas poucos sabem do que o Empowerment realmente se trata. É isso que vamos esclarecer neste post.

Segundo a definição dos burocratas, Empowerment consiste em dar poderes aos empregados para que os mesmos tenham autonomia para fazer o seu trabalho. Mas afinal de contas, desde quando é concebível dar poder a peão? Será que todas as melhores práticas do Go Horse, aplicadas ao longo dos séculos, estariam ameaçadas por um modismo? Não: a submissão do peão é algo que, para o bem dos nossos acionistas, jamais deixará de existir no mundo corporativo.

Antes de mais nada, é preciso esclarecer que poder é um recurso finito, e quem o detém são os acionistas – exclusivamente. O problema é que, em virtude do tamanho das organizações, os donos das empresas (acionistas) não podem exercer o seu poder até os níveis mais baixos, pois dá muito trabalho. Por isso existe a hierarquia – os acionistas delegam seu poder ao CEO.

Um detalhe interessante é o fato de o detentor do poder ter o dever de fazer trabalho de verdade, enquanto que àquele que o delegou cabe somente cobrar resultados.

E o que faz o CEO ao receber todo aquele poder a ele delegado pelos acionistas? Simples: ele o delega novamente ao nível hierárquico imediatamente inferior, e passar a cobrar resultados. E assim segue a delegação sucessiva de poder e trabalho pelos diversos níveis do Círculo de Confiança, até chegar ao nível mais baixo: o horse. É ele quem faz o trabalho, enquanto cabe aos seus superiores – os membros do Círculo de Confiança – cobrá-los.

Tal metodologia Go Horse de trabalho, tão antiga quanto a própria civilização, parece perfeita, porém, possui uma falha: os membros dos níveis mais baixos do Círculo de Confiança eram, muitas vezes, cobrados pelas suas decisões. O Empowerment foi a salvação encontrada para esse absurdo.

Ao delegar poder para a peonada, os membros do Círculo de Confiança podem cobrá-los por decisões que, até há pouco tempo, não cabiam aos horses. Em resumo: Empowerment é uma estupenda ferramenta Go Horse que visa fazer o horse assumir maiores responsabilidades sem aumento de salário… fantástico!

Essa é a beleza do Go Horse: é um processo que evolui, se mostrando cada vez mais eficiente na tarefa de enriquecer acionistas e membros do Círculo de Confiança.